Ex-jogador e ídolo do Fla era seguir no clube, mas contatos não tiveram resposta. Sérvio comenta polêmicas recentes de Vasco e Flamengo

Nas primeiras horas da manhã de uma segunda-feira ensolarada, Petkovic pede desculpa pelo atraso de 15 minutos por conta do trânsito na Barra da Tijuca. Conhecido pela sua extrema pontualidade, ele chega ao seu escritório de bom humor e mostra um estilo despojado: camisa básica rosa, calça jeans e tênis. Mas, em breve, o modelito poderá ser substituído por um terno. Recém-formado num curso de diretor esportivo pela Real Federação Espanhola de Futebol, o gringo com jeito de carioca quer ser dirigente. E pensou em começar pelo Flamengo.

- Falei que estava aberto para começar no Flamengo, mas o Flamengo não achou oportuno me aproveitar nos últimos seis meses e nem agora.

Numa conversa de cerca de 45 minutos, o futuro diretor falou com conhecimento de causa, discorreu sobre todos os setores de um clube de futebol e analisou casos da realidade carioca: os salários atrasados do Vasco e o boicote à concentração, além da relação Flamengo, Traffic e Ronaldinho Gaúcho.

Daqui a duas semanas, ex-jogador pretende voltar ao seu paraíso em Morro de São Paulo, em Salvador. Ele estará de sunga, mas pronto para vestir o terno feito com costureiro particular.

- Na maioria dos lugares onde vou estar (como dirigente), lugar fechado, “coloca” um terninho. No sol e na praia, “vai” de sunga. Eu sempre me vesti diferente. Acho que se você está representando uma instituição, você mesmo, tem que ser assim. Sempre briguei por causa disso. Todo mundo dizia que o Pet era marrento, mas era pela instituição, só como deveria funcionar. Quando funcionava, mesmo contra minha vontade, cumpria com rigor, havia a conduta do comandante, não era nada pessoal comigo.
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